UPDATE:A propósito da notícia que deu origem a este post, a Sister Moon comenta que "já é tempo de deixar de ver o sector dos videojogos como uma forma de 'cultura bastarda', e os realizadores podem dar um contributo importante", ideia reforçada pelo The Darkside Shenmue Ruller que diz "Espero que isto seja mesmo para seguir em frente! Temos este, temos o Clint Eastwood também a produzir um jogo com a sua própria empresa, temos o Peter Jackson... o futuro afigura-se risonho!".
Acrescento eu:
...e ainda falta o John Woo, entre outros realizadores e actores.
Mas isso não significa necessariamente que o futuro seja risonho. Nos anos 90 também estava na moda meter escritores ao barulho e os resultados foram medíocres. Isto porque a maior parte não compreendeu as exigências da interactividade.
Pessoalmente vejo esta fornada de gente do cinema a vir para os videojogos como uma oportunidade, mas também como uma ameaça: quero jogos com boas histórias, mas mais interactivos, e temo que se possa passar o contrário: menos interactividade. O conceito de "cinema interactivo" nunca deu grandes resultados...
O realizador Eli Roth está interessado em criar videojogos. Numa entrevista ao Yahoo! Games, o autor de filmes de terror como
"Cabin Fever" e "
Hostel" confessou que o seu objectivo é fazer um jogo tão violento que levará automaticamente à aplicação das leis associadas. “Penso que os videojogos vão ser como o cinema, com as fronteiras a serem levadas cada vez mais além. E eu quero ser o gajo que vai romper essas fronteiras”.
Ainda sobre os videojogos:
"I think being a gamer, you appreciate different forms of entertainment and storytelling. There's narrative storytelling where you sit down and watch a movie, but there's active storytelling where you're inside the story. Now, the technology is at the level of the games I've always dreamed of doing. I grew up on Atari games. I had ideas for games but I thought they'd never be able to do them with those graphics. But you see what they're able to do now with videogames and the technology's really there.
(…)
They need storytellers and people with a certain fan base," said Roth. "If I can carry the Hostel fans over to the game world there's a lot of crossover. I want to be a filmmaker who can tell different stories and some of those stories are not narrative, they're interactive."
Segundo o artigo, Eli Roth tem trocado impressões com Cliffy B. o aclamado responsável por jogos como o frenético e genial
Unreal Tournament ou o denso e genial
Gears Of War. A match made in Heaven?
O resto da entrevista pode ser lida
aqui.
ELI ROTHEtiquetas: cinema, Cliffy B., Eli Roth, Gears Of War, interactividade, terror