JOGAR CONTRA O TERROR
Escrevo este parágrafo a 10 de Agosto, dia em que as forças de segurança britânicas eliminaram uma operação para explodir vários aviões sobre cidades do Reino Unido e Estados Unidos. Foi quase exactamente um mês antes do encontro com o quinto aniversário do tristemente célebre 11 de Setembro. É uma data que não se celebra com velas de aniversário, apenas aquelas que se acendem para recordar as vítimas de uma brutalidade que, nestes cinco anos, alterou irremediavelmente a economia, a liberdade, a segurança, a identidade e a confiança das nossas vidas.
O mundo dos videojogos não ficou indiferente à tragédia. Desde o 11 de Setembro multiplicaram-se os títulos que abordaram a questão. Poder-se-á discutir se obras como America’s Army, Battlefield 2: Modern Combat, Conflict: Desert Storm 2 – Back to Baghdad, Full Spectrum Warrior ou Ghost Recon 3: Advanced Warfighter, entre muitas outras, não se limitaram a capitalizar a guerra que George W. Bush e aliados travaram contra o “Eixo do Mal”, satisfazendo a natural curiosidade e interesse de um público que assim se alista nessa cruzada sem enjeitar a segurança da sala de estar.
Mas a verdade é que o 11 de Setembro também promoveu o aparecimento de produtos interactivos com uma mensagem e uma consciência políticas que afastam os jogos do simples rótulo de “obras de entretenimento”.
É o caso de September 12th, que o UN já tinha referenciado aqui.
A Society for Cinema and Media Studies está a organizar uma conferência sob o mote "CFP: Playing the War on Terror", a ter lugar a 8 de Março de 2007, em Chicago:
This panel invites proposals that analyze post-9/11 video wargames from a wide variety of theoretical perspectives and methodologies. The following lists are suggestive and are not intended to be exhaustive or proscriptive.A data para entrega de artigos já expirou, mas de qualquer forma podem encontrar mais informações aqui.
Possible paper topics include:
-- Video Games and the Military-Entertainment Complex
-- Player-generated War Mods, Skins, and Game Assets
-- Representing/Simulating Soldiers, Terrorists, & Civilians
-- Wargames and Game Genres (e.g., FPS, RTS, RPG)
-- War and “Casual Games”
-- The US Department of Defense’s “Serious Games”
-- Networking Wargames (e.g., online, LAN parties)
-- Wargames and Post—Traumatic Stress Disorder
-- Mobile Wargames
-- Modeling Battlefield Tactics and Operations
-- “Playing Military,” Recruiting, and Youth
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