quarta-feira, 23 de agosto de 2006

JOGAR CONTRA O TERROR

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Escrevo este parágrafo a 10 de Agosto, dia em que as forças de segurança britânicas eliminaram uma operação para explodir vários aviões sobre cidades do Reino Unido e Estados Unidos. Foi quase exactamente um mês antes do encontro com o quinto aniversário do tristemente célebre 11 de Setembro. É uma data que não se celebra com velas de aniversário, apenas aquelas que se acendem para recordar as vítimas de uma brutalidade que, nestes cinco anos, alterou irremediavelmente a economia, a liberdade, a segurança, a identidade e a confiança das nossas vidas.

O mundo dos videojogos não ficou indiferente à tragédia. Desde o 11 de Setembro multiplicaram-se os títulos que abordaram a questão. Poder-se-á discutir se obras como America’s Army, Battlefield 2: Modern Combat, Conflict: Desert Storm 2 – Back to Baghdad, Full Spectrum Warrior ou Ghost Recon 3: Advanced Warfighter, entre muitas outras, não se limitaram a capitalizar a guerra que George W. Bush e aliados travaram contra o “Eixo do Mal”, satisfazendo a natural curiosidade e interesse de um público que assim se alista nessa cruzada sem enjeitar a segurança da sala de estar.

Mas a verdade é que o 11 de Setembro também promoveu o aparecimento de produtos interactivos com uma mensagem e uma consciência políticas que afastam os jogos do simples rótulo de “obras de entretenimento”.

É o caso de September 12th, que o UN já tinha referenciado aqui.

A Society for Cinema and Media Studies está a organizar uma conferência sob o mote "CFP: Playing the War on Terror", a ter lugar a 8 de Março de 2007, em Chicago:

This panel invites proposals that analyze post-9/11 video wargames from a wide variety of theoretical perspectives and methodologies. The following lists are suggestive and are not intended to be exhaustive or proscriptive.

Possible paper topics include:
-- Video Games and the Military-Entertainment Complex
-- Player-generated War Mods, Skins, and Game Assets
-- Representing/Simulating Soldiers, Terrorists, & Civilians
-- Wargames and Game Genres (e.g., FPS, RTS, RPG)
-- War and “Casual Games”
-- The US Department of Defense’s “Serious Games”
-- Networking Wargames (e.g., online, LAN parties)
-- Wargames and Post—Traumatic Stress Disorder
-- Mobile Wargames
-- Modeling Battlefield Tactics and Operations
-- “Playing Military,” Recruiting, and Youth
A data para entrega de artigos já expirou, mas de qualquer forma podem encontrar mais informações aqui.