segunda-feira, 24 de julho de 2006

ONDE ESTÁ O LESTER BANGS DOS VIDEOJOGOS?

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UPDATE:
Depois da discussão provocada pelo seu artigo publicado na Esquire intitulado " The Lester Bangs of Video Games", Chris Kosterman justifica o seu raciocínio numa entrevista dada ao site Gamespot.

Para ler aqui.


Apesar da inegável relevância cultural dos videojogos - o equivalente moderno do rock nos anos 60, diz-se - e das eternas discussões sobre se são ou não arte, parece que a verdadeira crítica a videojogos nunca vai existir. A culpa, antes de ser dos críticos, é dos próprios jogos, que têm uma estética, mas não um significado, um subtexto ou uma capacidade metafórica. Pelo menos é o que defende este artigo da Esquire.

Um dos trechos mais interessantes do artigo é esta citação do autor do livro “From Barbie to Mortal Kombat: Gender and Computer Games”, Henry Jenkins:

"Aesthetic criticism exists in this industry, but only as arguments among gaming scholars and game creators. And the gaming industry suffers because of that. There is a very conservative element to gaming because absolutely everything is built around consumerism. Game designers are asking themselves questions about how a game should look and what it should do, but not about what the game is supposed to mean."
Reacções aqui e aqui.

Embora discutível, o artigo da Esquire tem uma boa dose de razão. Quando criam jogos, os designers pensam em conceitos estéticos, em experiências de interactividade, em projectos de rentabilidade, mas não no que os seus jogos podem significar.

Veja-se esta citação do artigo do Gamespot “So you want to be a: game designer?”

"A great idea is meaningless. A great idea that leverages your existing technology, gets the team excited, is feasible to do on time and budget, is commercially competitive, and, last but not least, floats the boat of a major publisher... Now you have something."
“A great idea is meaningless”… pois.

LESTER BANGS