domingo, 26 de fevereiro de 2006

HEARTBROKE MOUNTAIN

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Acabado de chegar do visionamento do emocionalmente arrasador “Brokeback Mountain”, assombrado pela fantasmagórica e extraordinária interpretação minimalista de Heath Ledger (reparem na quantidade de adjectivos que já usei), recupero a convicção, desiludida, de que os videojogos não serão capazes de atinigir algo desta magnitude.

Simplesmente pelo facto de que, para sugerir emoções, o jogo electrónico soma algo ao que não existe. Hiperboliza a realidade. Tem um valor de simulacro.
"Brokeback Mountain" vale pela subtracção ao que existe, ao real. É essa a sua irresistível força. Nenhum designer, nenhum artista do pixel e do polígono será capaz de reproduzir num ecrã aquilo de que Heath Ledger foi capaz.

Outro pensamento: se, numa versão interactiva, fosse dada a hipótese ao espectador-jogador de fazer escolhas, alguma vez “Brokeback Mountain” existiria?

BROKEBACK MOUNTAIN | OSCARS