TRANSPLANTES FACIAIS

No Guardian Unlimited, o jornalista Keith Stuart faz uma curiosa ponte entre o pioneiro transplante facial (realizado há algumas semanas por uma equipa de médicos franceses) e a transposição do belíssimo e luminoso rosto de Naomi Watts, a protagonista de King Kong, para o jogo com o mesmo nome. A partir daí, faz uma muito interessante reflexão sobre o fotorealismo nos jogos e sobre as “reacções estéticas, emocionais e éticas que governam a nossa relação com o rosto humano”. Um bom naco de leitura, aqui.

A fonte de inspiração para o artigo de Keith Stuart foi um outro, de Clive Thompson, do qual faço aqui uma citação, só para abrir o apetite:

“(…) the 360 can generate the most photorealistic human avatars of any game console in history. But that is precisely why they look so creepy. This paradoxical effect has a name: the "Uncanny Valley." The concept comes from the Japanese roboticist Masahiro Mori, who argued that simulacra of humans seem lively and convincing so long as they're relatively low-resolution. Think of history's best comic strips: With only a few quick sketches on a page, Bill Watterson can create vivid emotions for the characters in Calvin and Hobbes. When an avatar is cartoonish, our brains fill in the gaps in the presentation to help them seem real.

But when human avatars approach photoreality? Something weird happens. Our brains rebel, and we begin focusing on the tiny details that aren't quite perfect. The realism of our avatars suddenly plunges downward into a valley -- and they begin to look like zombies.”

O resto está aqui.