sexta-feira, 21 de outubro de 2005

READY? START!

Num espaço de divulgação de videojogos cada vez mais ocupado por revistas, sites, blogues, podcasts, programas de televisão, suplementos de jornais e outros meios, que sentido faz criar um blogue como o Último Nível, especialmente sendo da autoria de um jornalista que já tem acesso a uma vasta audiência enquanto director da revista de videojogos de referência de Portugal?

Durante meses, eu próprio me coloquei por diversas vezes essa questão. Acabei por avançar por um motivo muito simples. Uma revista não me permite escrever tudo o que penso ser importante dizer sobre os videojogos. E isso leva-me a pensar que há muito boa gente a ser deixada de fora por todos estes meios que já referi.

Ao longo dos anos, na Mega Score e junto dos meus círculos de amigos e conhecidos, defendi um olhar e uma reflexão diferente sobre os videojogos. Considerando-o como meio de entretenimento do novo século por direito conquistado, e interrogando-o como forma de expressão cultural e, porventura, até artística. Essa abordagem está por fazer em Portugal e é por aí que o Último Nível quer seguir.

Aqui o jogador vai poder encontrar notícias e reflexões sobre videojogos, escritas a partir de uma abordagem independente, diferente da que tradicionalmente se encontra em revistas e portais da especialidade e sem preocupação de seguir agendas de actualidade. O impacto dos videojogos na vida quotidiana e a sua relação com outros media e formas de entretenimento serão tema de opiniões e o principal critério de selecção de notícias. Falar-se-á de videojogos, mas também se falará de música, cinema, literatura, economia ou política, quando e sempre que a sua discussão sejam importantes para compreender este fenómeno cada vez mais importante que é o entretenimento interactivo. A interrogação e crítica à indústria, aos jogadores e ao jornalismo especializado farão parte da nossa missão.

Nossa. Recorro à primeira pessoa do plural porque, com o decorrer do tempo, conto convidar várias pessoas que partilham esta postura – embora não necessariamente os mesmos pontos de vista - a aparecerem para dois dedos de conversa. Os utilizadores, claro, serão parte importante do crescimento e evolução deste blog. Sem preocupações com audiências, receitas publicitárias, exclusivos, classificações ou verdades absolutas. Vamos falando, com tempo e ideias.