sexta-feira, 28 de outubro de 2005

O REAL ONDE OS VIDEOJOGOS NÃO ENTRAM


Com a evolução da tecnologia gráfica nos PCs, e a chegada da nova geração de consolas, não há-de faltar muito tempo até que os estúdios sejam capazes de criar jogos com representações fotorrealistas, indistinguíveis de imagens como esta, retirada do mais recente filme de Gus Van Sant, “The Last Days”, inspirado na vida e morte do líder dos Nirvana, Kurt Cobain.

Onde os jogos tardam em chegar, no entanto, é à criação de personagens, fictícias ou inspiradas na realidade, que concentrem a carga iconográfica que Blake, o protagonista do filme, transporta em si. Ou de, com um só plano, exprimir com toda a contundência os estados de alma que o afligem e que, como espectadores/jogadores apenas podemos inferir. A “evaporação” de uma personagem simbolizada nos seus gestos, nos seus murmúrios, na representação do sons que ouve e do ar que respira: eis um desafio para o universo da interactividade.

Este real os videojogos não tocam.
As possíveis explicações virão noutro post.

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